Desenvolver liderança no início da carreira é uma necessidade urgente para todos que querem crescer dentro das empresas. Para conversar sobre isso, convidamos Vanessa Antoine, Gerente de Talent Acquisiton & Developmente da Ternium, maior siderúrgica da América Latina, para uma live no nosso canal do YouTube.
Vanessa começou como estagiária em RH em 2007 e está na Ternium desde 2012. Há três anos, ela foi promovida a gerente de RH e, desde então, é responsável pela área de gestão de talentos da Ternium Brasil. Abaixo você pode assistir ao vídeo da live na íntegra e conferir tudo o que ela disse. Na sequência, destacamos os pontos mais interessantes da conversa.
Neste artigo você verá:
O que é liderança no início da carreira
A liderança vai muito além de gestão de pessoas, de cargo de coordenação ou de gerência. Para Vanessa, liderar significa tomar a frente de projetos, ter o protagonismo do que está fazendo, ser responsável por um determinado tema e também ter sentimento de dono daquilo pelo que está fazendo. “Tudo isso é liderança”, diz ela.
Como desenvolver liderança no início da carreira
Como psicóloga, Vanessa confirma que existem vários tipos de personalidades e temperamentos, existem pessoas introvertidas e extrovertidas, e certamente algumas pessoas têm mais facilidade para desenvolver liderança do que outras.
Ainda assim, ela ressalta que toda pessoa – tenha ela o perfil que for – pode praticar liderança no seu dia a dia para desenvolver essa competência desde o início da carreira. “Para desenvolver qualquer competência, você precisa praticar”, afirma ela. “A prática é que gera excelência.”
Para começar a praticar liderança no início da carreira, é preciso se desafiar a experimentar. Desenvolver um projeto na faculdade, fazer uma atividade pessoa que exija capacidade de liderança, são alguns exemplos do que você pode fazer para começar. “A melhor maneira de você desenvolver qualquer competência é se expor a situações em que essa competência vai ser exigida”, diz Vanessa.
Quais competências as empresas buscam em estagiários e trainees?
As empresas buscam mais competências comportamentais do que técnicas porque o comportamento faz muita diferença na forma como os profissionais agregam valor a uma empresa. Isso porque as empresas entendem que é mais fácil desenvolver conhecimento técnico do que mudar o comportamento de uma pessoa.
As principais competências comportamentais que as empresas buscam em jovens em início de carreira são:
Protagonismo
Elas querem pessoas que assumam as rédeas da sua carreira e do seu futuro, que saibam onde querem chegar e se conduzem para esse objetivo.
Busca pela excelência
Profissionais precisam se superar e entregar o seu melhor sempre, buscando excelência no que fazem.
Adaptabilidade
O contexto que estamos vivendo agora com a Covid-19 mostra claramente a importância de ser versátil e conseguir se adaptar a diferentes situações. Essa capacidade faz total diferença para a carreira.
Comprometimento e foco
O profissional tem de ser focado nas suas entregas porque há muitos ladrões de atenção, muitos estímulos que geram distração.
Autoconhecimento
Conhecer a si mesmo é extremamente importante para entender suas fortalezas e os pontos que você precisa desenvolver. Tendo clareza sobre isso você consegue ir melhorando a sua performance.
Curiosidade para aprender
Os trainees e os estagiários estão na empresa para aprender, para serem formados. Por isso esta característica é um grande diferencial. É preciso estar aberto e humilde para aprender coisas novas o tempo todo.
O que define uma promoção no início da carreira: técnica ou comportamento?
“O comportamental novamente”, diz ela. Vanessa conta que na Ternium há uma ferramenta interna que faz reconhecimentos e promoções internamente por meio de um processo que chama Comitê de Oportunidades.
Na sua empresa, 73% das posições de liderança vieram de promoções internas. “Nesse Comitê, você tem de ser reconhecido internamente como uma pessoa capaz de assumir a posição que está vaga”, diz ela. “Nesse momento, o comportamento é o que mais pesa para a tomada de decisão”, diz ela. O técnico você pode desenvolver em várias plataformas que estão cada vez mais acessíveis.
Como conseguir uma vaga sem ter experiência
Para Vanessa, quem não tem experiência precisa levar as suas vivências para a entrevista de emprego. “Muito mais importante do que a experiência ou do curso que você fez é impacto que isso gerou na sua vida, o que você aprendeu, como se desenvolveu”, diz ela.
Alguém que tenha feito intercâmbio, estágio ou tenha trabalhado na faculdade precisa contar o que aprendeu com tudo isso e o que pode levar para a empresa desses aprendizados. “O problema é que muitas vezes as pessoas não conseguem ter clareza desses aprendizados, não conseguem fazer essa reflexão, e por isso não conseguem explicar de que forma aquilo mudou sua vida”, diz ela. Aqui, mais uma vez, o autoconhecimento vale ouro.
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